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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

COMETA ISON O QUE VOCÊ PRECISA SABER!!!!!!

O cometa  C/2012 S1 (ISON)  tem sido o cometa mais falado de 2013. Quando descoberto, no final de 2012, foi referido que o cometa podia ter o potencial de se tornar um objecto suficientemente brilhante para ser visto a olho nu,o que decorrerá no dia 28 de Novembro de 2013. Começou a usar-se na mesma frase os termos cometa ISON e o cometa do século. Em Junho, Julho de 2013, o cometa ISON estava em oposição em relação ao Sol,  do ponto de vista da Terra, mas quando o cometa reapareceu, no princípio de Agosto, não era tão brilhante como se esperava. O que acontecerá ao cometa ISON nos restantes meses de 2013? Os cometas são especialmente imprevisíveis, mas é seguro dizer que muitos esperam ver se o cometa ISON irá aumentar de brilho.

Na manhã de 12 Agosto de 2013, o astrónomo amador Bruce Gary estava a usar o telescópio de 28 cm de abertura no Observatório Hereford Arizona, apontando-o apenas a 6 graus angulares em relação ao horizonte Este, que já se encontrava em crepúsculo, quando ele se tornou a primeira pessoa a ver o cometa ISON após a passagem temporária por trás do Sol durante os meses de Junho, Julho e parte de Agosto. Ele não viu o cometa a olho nu, mas criou uma fotocomposição, ao empilhar imagens separadas, criando um pálido ponto com uma anti-cauda do cometa ISON na posição exata prevista, em relação ao fundo de estrelas, pelos modelos teóricos.

O cometa ISON é cerca de duas magnitudes (seis vezes) (#3) inferior ao que se esperava, em relação aos cálculos iniciais, que indicavam aos astrônomos que poderia dar origem a uma vista apreciável do cometa, antes do crepúsculo, em inícios de Dezembro. O cometa pode ainda tornar-se visível com considerável hipótese de ser bem apreciável a olho nu, ou pode nunca atingir o limiar da visibilidade à vista desarmada.

O redator-chefe da revista Sky & Telescope Robert Naeye acrescentou:

Os cometas são notavelmente inconstantes, objetos imprevisíveis, portanto não vou perder já a esperança. Porém estas últimas observações devem moderar as expectativas. Simplesmente teremos de esperar e ver como o cometa evoluirá nos seguintes meses quando se atrever a estar cada vez mais próximo do calor abrasador do Sol.

Desde a grande captura, por Bruce Gary, do cometa em 12 de Agosto de 2013, outros astrônomos também têm captado o cometa ISON em filme, mostrando também que não está à altura das expectativas. Quantas mais imagens podemos esperar ver do cometa ISON, entre este instante que lê estas linhas e o final do ano? Mais ou menos assim:

O cometa ISON será visível tanto na manhã como na tarde de Dezembro de 2013. Esta vista está direcionada para Oeste na noite de 18 de Dezembro de 2013. Carta estelar via Dave Eagle na hiperligação www.eagleseye.me.uk . Usado com permissão.

O cometa ISON na manhã de 10 de Dezembro de 2013. A imagem está na direção ESTE pouco antes do crepúsculo. Carta estelar via Dave Eagle na hiperligação www.eagleseye.me.uk . Usado com permissão.

Qual  será o brilho do  cometa ISON no final do ano 2013? E o quanto longa será a sua cauda?

Ninguém pode responder ainda a estas questões. No seu artigo de 13 de Junho de 2013 na revista Sky & Telescope, o especialista de cometas, John Bortle, explicou a razão pela qual não sabemos ainda o quão brilhante irá ser o cometaISON:
Uma passagem próxima do Sol pode fragmentar e evaporar completamente o núcleo do cometa. O cometa rasante Ikeya-Seki de 1965, sobreviveu à passagem com o Sol razoavelmente intacto. Os cometas rasantes com longas caudas de 1880 e 1887 tiveram total fragmentação dos seus núcleos e dissiparam-se completamente passadas algumas semanas após a passagem pelo periélio. As últimas observações do cometa ISON sugerem que é intrinsecamente tão brilhante como os cometas do século XIX, assim a sobrevivência do seu núcleo para além de 28 de Novembro está em causa.

Contudo, ISON é decididamente mais brilhante que o recente cometa Lovejoy, que se fragmentou totalmente e, apesar de tal ou talvez por causa disso, deslumbrou com uma impressionante cauda para os observadores do Hemisfério Sul em finais de 2011.

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